A minha estação...
Falo do Jorge Palma, e de ele ter estado a tocar no metro...
Tal como tinha feito há muitos anos em Paris...
Tenho pena de não ter podido ver e escutá-lo...
Esta era a "minha" estação...
Olivais.
Vezes sem conta desci e subi...
Entrei e sai...
Apressado ou vagaroso, no lento correr dos dias...
Nas noites que cedo nasciam no morrer do sol...
Com uma sombra por companhia...
E rostos vazios de gente apressada...
"Ainda não sei como vou fazer
Para não esquecer o que sinto agora
Amanhã quando acordar
Vou estar totalmente fora
Melhor talvez fosse nem dormir
Candidatar-me a uma linha recta
Atar um lenço aos sentidos
Fazer de mim uma seta
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Ainda não sei como vou fazer
Para alimentar este fogo terno
Vou transpor o rio do ouro
Vou exilar-me no inferno
Neste momento há gente a acordar
Para mais um dia a riscar do mapa
Vou dar um chuto no espelho
Dar cabo da minha capa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa
Sonhei que estava a caminho
A caminho de casa..."
J.Palma
um poeta solitário...
um músico...
um viajante...
0 Comments:
Post a Comment
<< Home